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COMO FAZER A SUA PARTE NO SETEMBRO AMARELO?

Atualizado: 4 de set.

Setembro Amarelo chegou, e não demorou para começarem os posts de conscientização do “Setembro Amarelo”, mês dedicado à saúde mental no trabalho e prevenção do suicídio em campanhas lideradas pela Associação Brasileira de Psiquiatria, mas também amplamente adotada pelo Ministério da Saúde e outros órgãos e instituições.


A provocação, na maioria das vezes é muito generalizada conscientiza as pessoas a pedirem ajuda, mas não necessariamente traz dicas de o que constrói um ambiente psicossocialmente saudável ou de como reduzir a ansiedade no trabalho.


Empresas adotaram essa bandeira em seus calendários, e é verdade que políticas, práticas e estruturas de apoio podem e devem ser criadas, mas também é verdade que cada pessoa que compõe esse ambiente influencia diretamente na qualidade do ambiente pricossocial de trabalho.

Pequenos gestos, atitudes e escolhas individuais podem somar — e muito — para que o espaço de trabalho seja mais seguro, acolhedor e menos ansioso, ajudando a reduzir a ansiedade no trabalho.

Daí te pergunto: vc sabia que também consegue contribuir com a sua parte?

Muito além da NR1 e adequação das empresas

Para começar, vamos falar de um tema “da moda”, o Ambiente Psicossocial, que, inclusive, passará a ser acompanhado pelo Ministério do Trabalho e órgãos reguladores na chamada NR1, em que empresas precisarão garantir que seus colaboradores tenham um ambiente psicossocial saudável.


Porém, existem pesquisas que comprovam que ambientes saudáveis tendem a melhorar a produtividade para colaborador e para a organização e, em culturas com interações positivas, o sentimento de autoconfiança, a motivação e a satisfação dos colaboradores são potencializados.


Tá, mas o que seria o ambiente psicossocial?

De acordo com definições científicas, seriam “fenomenos” que não dependem exclusivamente do indivíduo, e sim que tem uma influência social ao mesmo tempo. Em uma perspectiva do ambiente de trabalho, de acordo com a COPSOQ - Copenhagen Psychosocial Questionnaire, uma ferramenta de avaliação de condições de trabalho, saúde e bem-estar no trabalho, desenvolvida em Copenhagen, na Dinamarca, o ambiente psicossocial considera 8 domínios diferentes, que impactam no ambiente de trabalho. Para se ter uma ideia, os estudos desta ferramenta são super sérios, já tendo sido traduzidos em 18 idiomas diferentes e aplicado em 40 países 😊


E mais: quando não temos um ambiente psicossocial saudável no trabalho, os sinais podem ser percebidos de diferentes formas, como dores musculares, doenças cardiovasculares, distúrbios mentais, ansiedade no trabalho, stress, burnout, qualidade de vida reduzida, absenteismo - ausências por saúde, rotatividade, redução da motivação


E a minha parte nisso tudo?

Bom, pra quem me conhece, já sabe que gosto de trazer “receitas de bolo” e, sem querer ser exaustiva, acho interessante trazer uma ideia dos principais fatores de impacto dos domínios de ambientes psicossociais e, assim, descobrir como você mesmo pode influenciar seu ambiente de trabalho. Senta que lá vem a história - mas vale a pena pra entender melhor... Vamos lá?


1. Demanda no trabalho

O que é: aqui estamos falando sobre o volume e ritmo de trabalho, além de esforço mental e emocional.

Pergunte-se: O ritmo de trabalho é muito acelerado? Você precisa pensar rápido, resolver problemas complexos, memorizar muita coisa? Você precisa lidar com clientes difíceis, conflitos, situações de estresse? Você precisa esconder suas emoções como ocultar irritação, tristeza, frustração?


O que você pode fazer?

  • Organize prioridades: Geralmente, minha primeira atividade do dia é “passar a limpo” minha lista de tarefas do dia anterior. Isso dá clareza do que conseguir fazer, além de redirecionar minhas prioridades do dia

  • Negocie prazos e expectativas com liderança ou colegas quando sentir que está sobrecarregado.

  • Inteligência emocional: uma técnica infalível é a respiração em 4 tempos (inspire, segure o ar no pulmão, expire, e segure o pulmão sem ar, pelo mesmo tempo, por exemplo, conte 3-3-3-3 em cada etapa). Outra dica é refletir sobre o que você tem atuação direta ou influência. qualquer coisa fora disso só vai te desgastar, sem gerar resultado.

  • Compartilhe sua carga de trabalho: dividir tarefas, pedir ajuda, propor revisão de processos quando sentir que o volume está insustentável.


2. Organização do trabalho

O que é: é o grau de autonomia, oportunidades de desenvolvimento, variedade de tarefas, controle do tempo e percepção de sentido no trabalho (sabe o propósito? ele está aqui!!).

Pergunte-se: Você tem voz nas decisões que impactam sua rotina? Existem chances de aprender e se desenvolver? O trabalho é variado ou é sempre repetitivo? Você consegue controlar sua agenda? O que faz tem significado para você?


O que você pode fazer?

  • Procure tomar decisões: Discuta com sua liderança o quanto vc pode participar das decisões sobre o trabalho que está sendo feito - às vezes, algo simples como propor um novo modelo de planilha ou ajustar um template já mostra que você pode agregar valor”.

  • Desenvolva-se: Busque treinamentos dentro fora da empresa para desenvolver novas competências e habilidades - não fique esperando oportunidades como essa “cairem no seu colo”. Sou fã de plataformas como Coursera e Udemy, que tem conteúdos de altissima qualidade. Se precisar de ajuda para traçar seu plano começar, so Programa Desenho seu futuro da [re]think.people foi feito pra você!

  • Propósito: Identifique o quanto seu trabalho no dia a dia se conecta com seu propósito - ou, o “por que você faz o que você faz"?

  • Use ferramentas de organização do trabalho: práticas de agilidade como dailys (reuniões rápidas de alinhamento), backlogs (listas organizadas de prioridades) e roadmaps (visão de médio prazo) ajudam equipes a se organizar melhor, dar clareza sobre o que é prioritário e reduzir a sobrecarga individual. Se a sua empresa ainda não aplica esse tipo de abordagem, a [re]think.company pode apoiar com soluções sob medida de organização de fluxos e governança ágil.


3. Relações Interpessoais e liderança

O que é: representa a qualidade das relações com a liderança e colegas, tendo clareza de papéis, reconhecimento e apoio.

Pergunte-se: Você entende claramente seu papel e função? Recebe reconhecimento (e reconhecimento não é só dinheiro) justo? Existem conflitos ou tarefas que parecem não fazer sentido, ilegais ou imorais? A liderança te apoia de forma consistente? Há um senso de comunidade na sua equipe?


O que você pode fazer?

  • Alinhe expectativas: Peça feedback claro sobre o que é esperado do seu papel e, principalmente em momentos mais tensos na relação, aumente a frequência destes feedbacks - por exemplo, ao fazer uma entrega, entenda se foi feito dentro do esperado ou o que poderia ter sido feito de diferente

  • Reconheça o trabalho de colegas: Esteja atento ao que seus colegas estão fazendo e identifique o que de legal pode ser aprendido - sempre temos oportunidade de aprender ao observarmos os demais

  • Pratique empatia e escuta ativa: Esteja de fato presente nas interações, e não pensando em qual será sua próxima resposta. O interesse genuíno pelas pessoas permite entendermos os desafios e dificuldades de cada um e como podemos ajudá-los, nem que seja apenas “oferecendo um ombro amigo”


4. Interface trabalho-indivíduo

O que é: aqui estamos falando do nível de engajamento e compromisso versus percepções de insegurança sobre emprego e as condições de trabalho.

Pergunte-se: Você está engajado demais a ponto de se sentir sobrecarregado? Você sente insegurança quanto ao futuro deste emprego? As condições atuais de trabalho parecem frágeis?


O que você pode fazer?

  • Garanta um Equilibrio: Defina limites para equilibrar dedicação e descanso. Às vezes, não é o esforço extraordinário que fará a diferença

  • Plano de Carreira: Tenha seu plano de carreira, lembrando que a carreira é sua, e não da empresa. É sim possível estabelecer um plano e escolher qual a velocidade em que você vai executá-lo - e a [re]think.people pode te ajudar com as soluções de planejamento de carreira

  • Pense além do trabalho: Fortaleça os demais aspectos da sua vida. Familia, amigos, saúde e emoção. Dedique um tempo para investir no que é mais importante (e está além dos “muros” de uma empresa).


5. Capital Social

O que é: é a satisfação no trabalho, equilíbrio vida-trabalho, confiança nas lideranças e colegas, e percepção de justiça organizacional.

Pergunte-se: Você está satisfeito com seu trabalho? Você consegue equilibrar vida pessoal e profissional? Você confia nas decisões da liderança? As regras e práticas da empresa parecem justas?


O que você pode fazer?

  • Garanta um equilíbrio: Quase como no domínio anterior, tenha clareza de que a vida acontece muito além dos “muros” da empresa. Estabeleça limites e deixe claro quais são. Do contrário, a relação com a empresa pode ser frustrada. Te garanto: não é por pedir um horário para ir à reunião da escola do seu filho que você será demitido. E se você sente dificuldade em estruturar esses limites, pode ser um bom momento para refletir com o apoio da [re]think.people para diminuir sua ansiedade e traçar estratégias para garantir esse limite.

  • Transparência e confiança: Seja um agente para promover confiança e transparência no seu ambiente de trabalho. Peça ajuda, compartilhe ideias e construa um ambiente fértil para que se queira trabalhar ao seu redor. [dica extra!] Se você é líder ou gestor, ferramentas de governança e agilidade organizacional podem ajudar a reduzir ruídos internos e construir relações de confiança. A [re]think.company pode apoiar nesse processo.

  • Reconheça e celebre conquistas coletivas: Uma organização é composta por indivíduos, mas, pequenos trabalhos isolados, geram resultados coletivos impressionantes!


6. Conflitos e Comportamentos Ofensivos

O que é: quando a presença de fofocas, assédio moral ou sexual, bullying, violência física ou até mesmo em mídias digitais está presente, e talvez esse seja o domínio mais óbvio de impacto negativo no ambiente psicossocial. Pergunte-se: Meu ambiente de trabalho é marcado por respeito ou por conflitos ofensivos? Você já presenciou ou sofreu assédio, bullying ou violência?


O que você pode fazer?

  • Evite fofocas: Não seja você a pessoa que ajuda no leva e tras das conversas de corredores que alimentam um ambiente hostil. Sim!! existem conversas de corredor que são super saudáveis e ricas, mas antes de passar alguma noticia para a frente, reflita: “é verdade? é justo? criará boa vontade e melhores relações? Será benéfico para todos os interessados?”

  • Reporte se algo estiver errado: Possivelmente sua empresa tem uma divisão interna, como canal de denúncias, para tratar este tipo de situação. Muitas vezes as proprias vitimas estão em situação vulnerável e não conseguem ter voz. Sua ajuda pode ser valiosa


7. Saúde e bem-estar

O que é: Aqui, fala-se do impacto do trabalho na saúde geral, sono, níveis de estresse, burnout e sintomas depressivos.

Pergunte-se: Você está dormindo bem? Sente sinais de esgotamento? O estresse é constante e afeta corpo ou mente? Tem notado sintomas depressivos?


O que você pode fazer?

  • Crie uma rotina de sono adequada: Algumas estratégias que gosto de usar para conseguir dormir é de tentar ler um par de páginas de livros recreativos (não técnicos), o q ajuda a desligar um pouco mais meu cérebro… mas infalível mesmo é meditar. E fica a dica aqui do aplicativo “Calm”. Confesso, já estou há mais de 1 ano tentando ouvir a “história para dormir da Rainha Vitória” e nunca consegui chegar ao fim… objetivo atingido \o/, rs

  • Procure apoio profissional: a lista de profissionais de saúde (física e mental) é extensa: médicos, educadores físicos, psicólogos. Mas, o importante é saber que você não está sozinho e pode e deve procurar ajuda, para entender melhor o que acontece e traçar sua própria estratégia para se sentir melhor

  • Reserve pausas reais de descanso: Saiba quando parar e, de novo, estabeleça limites. Respeite os finais de semana, os tempos sem fazer nada. A Hora Extra, como diz o termo, é extraordinária, e deve ser tratada como exceção… na recorrência, estão os indícios de que a equipe pode estar mais enxuta do que deveria…


8. Personalidade

O que é: Esse é o domínio que está mais na sua mão, o quanto a sua personalidade influencia na sua autoeficácia e na confiança quanto à capacidade de resolver desafios e alcançar resultados.

Pergunte-se: Você confia em sua capacidade de aprender e se adaptar? Você consegue reconhecer suas conquistas? Você busca apoio quando necessário?


O que você pode fazer?

  • Celebre suas vitórias: eu costumo ter uma pasta nos meus e-mails com o nome de “pastinha da vaidade” e guardo lá todos os elogios que recebo… quando preciso de uma dose a mais de autoconfiança, rapidinho acesso o que recebi por escrito ali .

  • Pratique pensamentos positivos: Às vezes a gente joga contra nós mesmos, e protelamos fazer algo até perder o timming. Confia… e vai com medo mesmo!

  • Peça ajuda: Pedir ajuda não é sinal de fragilidade, e sim a sabedoria de que não somos (nem conseguimos) ser bons e tudo, e contar com a inteligência coletiva pode ser a melhor e mais eficiente das alternativas


Tá bom, e agora?

Nãããão, você não precisa dominar e atuar sobre tudo isso. Minha dica é: escolha uns 2 ou 3 pontos que você achou mais interessante e que podem “mudar o ponteiro” no seu ambiente de trabalho. Escolheu? Agora, bora traçar um plano de ação:

  • O que especificamente você vai fazer?

  • Até quando?

  • tem algo que te impeça?


Além disso, lembre-se, você não precisa lidar com tudo isso sozinho!

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Referências neste post:

  • CARLOTTO, Pedro Augusto Crocce; GUILLAND, Romilda; ROCHA, Ricelli Endrigo Ruppel da; TREVISAN, Rafaela Luiza; LACERDA, Maria do Carmo de Lima Silva; CRUZ, Roberto Moraes. Evidências de validade e precisão de um instrumento de avaliação de fatores de risco psicossociais ocupacionais. Revista Psicologia: Organizações e Trabalho, Brasília, v. 22, n. 3, p. 236-247, 2022. DOI: https://doi.org/10.5935/rpot/2022.3.23694

  • Kristensen TS, Hannerz H, Hogh A, Borg V. The Copenhagen Psychosocial Questionnaire e a tool for the assessment and improvement of the psychos

  • Rotary Club: https://rotaryblogpt.org/2024/01/08/a-prova-quadrupla-uma-bussula-moral/

  • RODRIGUES, Cassia Aparecida. Estudos das propriedades psicométricas do Copenhagen Psychosocial Questionnaire – COPSOQ III. 2021. Tese (Doutorado em Psicologia) – Universidade São Francisco, Itatiba, 2020.


** Esse texto foi escrito com o apoio da Inteligência Artificial - Chat GPT*

 
 
 

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